quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Encontro vintage


De uns dois anos pra cá, venho encontrando amig@s que há muito não via.
Não preciso entrar aqui no assunto “redes sociais” etc...etc...etc...mas com a ajuda do face, orkut (lembram desta rede do século passado?), linkedin (nem sei o que é, mas recebo convite adoidado dele) e outras modernidades internéticas, os encontros vintages passaram a ser cada vez mais freqüentes na vida da gente.

O fato é que naturalmente, com o passar do tempo, alguém que antes era unha-e-carne contigo, vira, de uma hora pra outra, algo parecido com a lembrança de um personagem de um livro bom que se leu há tempos atrás. No caso, o livro da nossa própria vida.

E a saudade que a gente sente às vezes nem é tanto da outra pessoa, e sim de nós mesmos. De como a gente era na época: mais inocente, mais divertida, mais disponível, com mais tempo pra jogar fora, mais desencanada, mais crédula nas pessoas e no futuro brilhante que me espera logo ali dobrando a esquina, com o coração mais ‘verde-amarelo-branco-azul anil’,mais...

Não que hoje eu seja menos...é que hoje sou mais outra coisas: mais bonita, mais experiente (vulgo: idade avançada; vulgo real: velha...), mais feliz por ser mãe de duas fofuxas lindas, mais profissional, mais intuitiva (e crédula em minhas intuições...), e mais um montão de outras coisas.

Ando nostalgia pura. Mas eu sempre fui nostálgica. Vivo numa eterna saudade...às vezes tenho saudade até de algo que não vivi.

Mas voltando ao assunto de reencontros, o melhor deles é quando se reencontra pessoas que, mesmo passando um tempão sem ver, parece que a última vez que se viu foi ontem. A energia é a mesma,as brincadeiras não se perderam no tempo, a empolgação ainda ta lá em cima....uma festa.
Isso só prova o quanto a pessoa tem haver com a gente.
Adooooro isso.

Ontem mesmo saí com uma pessoa que no passado até não tínhamos muita convivência, mas tínhamos muito em comum. E em meio a cerveja e boa conversa, rimos muito - de tudo e de todos, principalmente de todos – fizemos análises, rimos mais, ficamos sabendo como estão os amigos em comum que não vemos há tempo também, rimos de monte, revelamos segredos antigos – dos  outros, claro! – rimos mais ainda...e conforme a cerveja foi fazendo efeito, fomos gargalhando e até os nossos segredos foram sendo revelados também  - ai meu deus, o que foi que eu falei, mesmo?

Nada como olhar pra trás e perceber que temos uma vida boa...
As escolhas que fizemos talvez não fossem as mais acertadas, mas o que importa é a postura que temos diante daquilo que escolhemos.

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena...


2 comentários:

  1. Glau e a vida é exatamente assim. Cheia de capítulos que formam esse grande livro chamado "EU".
    Adorei teu post!. Beijo, Ilana

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