segunda-feira, 2 de julho de 2012

É o melhor para poder crescer...


Acabo de entrar em uma nova fase, digamos, gastronômica em minha vida.

Já passei por ela, há uns 6, 7 anos atrás e estou passando novamente, porém agora com muito mais emoção e cansaço.

Cecília está na idade de, independente onde formos, acompanhar sua família a todos os lugares extra-lar.

Com o crescimento do bebê, já não precisamos carregar mais toda a quantidade de bugigangas. Os itens que antes eram 50, com o passar do tempo cai para 48, 47...

Porém, dependendo do temperamento da criança, fica-se tentado a não sair de casa para refeições em restaurantes, reuniões familiares e outros eventos onde tenhamos que nos servir e comer – ato simples e que requer meio neurônio para fazê-lo, mas que, com uma criança nos braços, parece que não só não termos meio neurônio como também nunca o tivemos...

Sim, sou dramática!

Pois uma das minhas especialidades é sentar em frente ao prato e sorver com cerimônia e entusiasmo, como se fosse uma iguaria servida num hotel de luxo em Dubai, o mais simples feijão-com-arroz.

Quando Maria Luiza passou por esta fase, ao sairmos para comer fora, a minha turma era maior: tinha a vó, o vô, a bisa, a dinda, o pai...todos empenhados e felizes em dividir comigo a tarefa de alimentar a si mesmo e a Maluzinha,  que também era um docinho de coco, calma e festiva.

Hoje a realidade mudou. E me vejo estreita com a Cecília nos restaurantes. Aquela turma está menor, minha paciência idem e a menininha em questão, faz jus ao nome da novela do Vale a pena ver de novo: é um Chocolate Com Pimenta.

Parece que a figurinha, ao perceber que vai comer em outro lugar, maquina em sua cabecinha crespa: ah, vamos comer fora...vai ter show!

Ela grita porque não quer sentar na cadeirinha.
Ela berra porque a comida não chegou rápido.
Ela chora porque há um hiato entre uma colherada e outra.
Ela reclama (ou gritando ou chorando) porque terminou a comida.
Ela...
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
E a mamãe come quando?
Daqui uns 2 anos, talvez!

Filhos, mesmo gêmeos, nunca são iguais em personalidade.
Que ótimo!
Seria de uma chatice e de uma mesmice ímpar se fôssemos todos iguais, sem surpresas, sobressaltos e tudo mais.
E é aí que percebemos o quanto o amor de mãe é, realmente e sem sombra de dúvida, in-con-di-cio-nal!

A Maria Luiza com sua calma e doce personalidade, e a Cecília com seu forte e bravo jeito de ser, são os serzinhos mais amados e queridos que tenho nesta e nas outras vidas. Uma vez em nossas vidas, não sabemos mais seguir sem elas por perto.

Mas, por favor, avisem a Cecília que a mamãe tem fome também.


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