Acabo de entrar
em uma nova fase, digamos, gastronômica em minha vida.
Já passei por
ela, há uns 6, 7 anos atrás e estou passando novamente, porém agora com muito
mais emoção e cansaço.
Cecília está na
idade de, independente onde formos, acompanhar sua família a todos os lugares
extra-lar.
Com o
crescimento do bebê, já não precisamos carregar mais toda a quantidade de
bugigangas. Os itens que antes eram 50, com o passar do tempo cai para 48, 47...
Porém,
dependendo do temperamento da criança, fica-se tentado a não sair de casa para
refeições em restaurantes, reuniões familiares e outros eventos onde tenhamos
que nos servir e comer – ato simples e que requer meio neurônio para fazê-lo,
mas que, com uma criança nos braços, parece que não só não termos meio neurônio
como também nunca o tivemos...
Sim, sou
dramática!
Pois uma das
minhas especialidades é sentar em frente ao prato e sorver com cerimônia e
entusiasmo, como se fosse uma iguaria servida num hotel de luxo em Dubai, o
mais simples feijão-com-arroz.
Quando Maria
Luiza passou por esta fase, ao sairmos para comer fora, a minha turma era
maior: tinha a vó, o vô, a bisa, a dinda, o pai...todos empenhados e felizes em
dividir comigo a tarefa de alimentar a si mesmo e a Maluzinha, que também era um docinho de coco, calma e
festiva.
Hoje a realidade
mudou. E me vejo estreita com a Cecília nos restaurantes. Aquela turma está
menor, minha paciência idem e a menininha em questão, faz jus ao nome da novela
do Vale a pena ver de novo: é um Chocolate Com Pimenta.
Parece que a
figurinha, ao perceber que vai comer em outro lugar, maquina em sua cabecinha
crespa: ah, vamos comer fora...vai ter show!
Ela grita porque
não quer sentar na cadeirinha.
Ela berra porque
a comida não chegou rápido.
Ela chora porque
há um hiato entre uma colherada e outra.
Ela reclama (ou
gritando ou chorando) porque terminou a comida.
Ela...
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
E a mamãe come
quando?
Daqui uns 2
anos, talvez!
Filhos, mesmo
gêmeos, nunca são iguais em personalidade.
Que ótimo!
Seria de uma
chatice e de uma mesmice ímpar se fôssemos todos iguais, sem surpresas,
sobressaltos e tudo mais.
E é aí que
percebemos o quanto o amor de mãe é, realmente e sem sombra de dúvida,
in-con-di-cio-nal!
A Maria Luiza
com sua calma e doce personalidade, e a Cecília com seu forte e bravo jeito de
ser, são os serzinhos mais amados e queridos que tenho nesta e nas outras
vidas. Uma vez em nossas vidas, não sabemos mais seguir sem elas por perto.
Mas, por favor,
avisem a Cecília que a mamãe tem fome também.
adoro ler esta atriz (mãe exagerada) no seu amor e descobrimento. bjo
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