sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Em plena Semana da Consciência Negra...


A cena é dantesca!

* Aqui ainda vou tentar, mais uma vez, colocar o vídeo. Se alguém sabe como fazer: Me ajudeeee!!!!
Em casa, assistindo ao lado da minha filha (constrangedor!), senti o tapa na minha cara.
Parecia que estava vendo aquelas "maravilhosas" novelas de época em que a sinhá pune a negrinha insolente por alguma malcriação.
A cena foi um deserviço para a população afrobrasileira.
Tudo o que dizemos, fazemos, lutamos em prol da igualdade racial, reparação histórica, cotas e tudo mais que diz respeito à colocação do negro no seu lugar de DIREITO, tudo isso não ecoa...? Quem escreve a história hj, não está ouvindo/vendo/sentindo nada disso?
Ah! A invisibilidade não existe mais. Ah, tá!
A repercussão foi esta, em blogs, cartas, e-mails, etc... (compilei os melhorea comentários pra ilustrar a situação caótica):
"...Chorando, sem maquiagem, cabelos presos, vestimenta que remete aos tempos da escravidão, Helena se julga culpada pelo acidente que deixou paraplégica a filha de Tereza. Ajoelha-se e pede perdão à mãe. Esta, elegantemente vestida, bem penteada, primorosamente maquiada, olhar faiscante de ódio, desfere a bofetada abjeta e avisa que é apenas o começo da sua vingança. O fato de manter uma das mãos no bolso acentua a soberba que faz lembrar uma senhora de engenho e realça o desprezo que dedica aquele ser inferior prostrado à sua frente. ..." Jens
"...Porque culpar Helena por atitudes infantis de uma menina branca mimada , maior de idade e que estava a trabalho num país estrangeiro? Helena vira babá, é traída pelo marido, é ofendida e ainda é culpada. ..." Helena Theodoro Lopes

"...Pra mim a mensagem foi: "não importa o quanto caminhem vão continuar tomando tapa na cara!"..." Helen Barcellos

"...Mas construir a primeira protagonista negra de uma novela das oito na TV Globo banhada pela culpa (qual culpa?), que se queda de joelhos diante de uma mulher branca, humilhada e criminalizada por tomar posse do seu corpo, culpada por não suportar uma menina mimada infernizando a vida, pedir perdão de joelhos e ser esbofeteada s/ nenhuma reação é realmente brincar c/ a sensibilidade do público e, em especial, das mulheres negras brasileiras. Quantas Helenas se ajoelhariam e pediriam perdão e apanhariam s/ reação em pleno século XXI? (...) Além de não corresponder à realidade das mulheres negras bem sucedidas, pois estas chegam ao topo da carreira por serem guerreiras, sábias e apoiadas por suas famílias, a cena de ontem simboliza a suposta aceitação da submissão da mulher negra." Angélica Basthi

2 comentários:

  1. Oi Glau, concordo plenamente!
    Dê uma olhada no blog do jens, sobre o mesmo assunto, tem uj link no meu blog, ou então vá direto:
    http://tocadojens.blogspot.com/2009/11/bofetada.html

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  2. Sempre uso " Alma não tem Cor" pq penso assim, mas ela tem cor sim.
    qd esta sem cor é porque a dor esta presente.

    bjs

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