Mais um post da série “Exorcisando Defeitos”!
Tenho vários...
Também tenho qualidades, mas é muito mais divertido rir de nossos defeitos do que ficar elencando as qualidades.
Nossas qualidades fazemos questão de mostrá-las, mas os
defeitos não.
E vocês que me acompanham sabem que sou prendada em diversas
áreas. Mas desconhecem minhas mazelas. Aqui no blog apresento somente algumas
delas, as mais leves e tal...
As mais terríveis – mas não são muitas, não se assustem... –
eu deixo pros mais íntimos.
Coitados...
Eu tenho um problema sério.
Sim, eu sei, vocês sabem...todos temos problemas.
Alguns são passíveis de resoluções rápidas e descomplicadas.
Outros dependem de terceiros para serem eliminados com
sucesso.
O meu problema se encaixa numa terceira categoria. A categoria
dos problemas que, para serem extirpados de vez, só depende de você mesmo!
Estou numa idade que começo a acreditar que estes entraves
que dependem exclusivamente de nós mesmos são os piores a serem resolvidos.
Porque?
Porque a maioria de nós tem a irritante e brasileira mania
de deixar pra amanhã.
‘Porque fazer hoje o que você pode fazer amanhã’?
Uma pergunta Glau: Você tem essa mania?
Ah, caro leitor. Obrigada por perguntar.
O que você acha?
Sim...eu tenho esta mania...e impregnada até os ossos.
Vamos aos fatos, num pequeno exemplo:
Saí de casa no final de semana com o foco de fazer
encomendas de salgadinhos para o aniversário de 2 aninhos da Cecília numa
padaria perto de minha casa. Chegando lá, havia um casal fazendo pedidos.
Aproveitei para comprar um pão, enquanto Cecília cumprimentava a todos na fila,
pegava produtos nas prateleiras e ‘limpava’ o chão do estabelecimento com a
roupa. Um anjo. Enquanto isso, o casal seguia encomendando salgados e doces
para um Beira-Rio lotado, tamanha a demora do pedido... Juntei minha paciência
curta e a Cecília do chão, paguei o pão e me fui rumo a casa.
– Porque encomendar hoje o que posso encomendar amanhã?
Isso, Glanilci Barros. Faça isso!
E foi o que eu fiz.
Resolvi fazer o pedido por telefone.
Liguei para a padaria, encomendei e pedi o valor, pra poder
levar o dinheiro certinho.
Para minha - péssima - surpresa, os valores subiram.
Claro que subiram!
Poderia eu, tendo deixado pra fazer amanhã, ter a sorte de
encomendar os benditos salgadinhos sem sobressaltos?
Certo que não!
Aí vem à mente minha imagem dentro da padaria, às portas do
atendimento e minutos depois desistindo de realizar aquilo que deveria ser
feito.
O cansativo disso tudo é que eu me conheço. Quantas vezes já
agi assim? Muitas!
Várias!
Todas!
Mas parece que não o suficiente para mudar este tipo de
comportamento.
Porém, pelas estatísticas – e hoje somos todos uma
estatística ou fazemos parte de algumas delas – tenho a expectativa de viver o
equivalente do que vivi até aqui. Isso muito me alegra, pois tenho chances de
mudar, de reverter o quadro.
E lá pelos 70, 80 anos, poderei deixar de fazer alguma coisa
não pelo ‘marvado’ ditado do deixe pra depois, mas sim por esquecimento.
Bem mais digno!